Dia Nacional da Luta contra a Obesidade - 21 de maio de 2016

A obesidade é uma doença crónica multifatorial, que pode ser causada por questões genéticas, condições endócrinas ou fatores ambientais (tais como o stress, alimentação e sedentarismo), e está associada a uma redução da esperança de vida. Um elevado índice de massa corporal (relação entre o peso e a altura, que quando superior a 25 Kg/m2 é indicador de pré-obesidade, e se superior a 30 Kg/m2 é indicador de obesidade) representa 13% dos fatores de risco que mais contribuem para o total de anos de vida saudável perdidos pela população portuguesa.

Para além de uma doença crónica, a obesidade é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a epidemia do século XXI, uma vez que a sua prevalência tem vindo a aumentar gradualmente. Segundo o relatório da Direção-Geral de Saúde “A Saúde dos Portugueses. Perspetiva 2015”, 54% da população portuguesa adulta, entre os 18 e os 64 anos tem excesso de peso, com uma prevalência de obesidade de 14%. Na população entre os 10 e os 18 anos esta prevalência diminui ligeiramente, sendo de 30% para o excesso de peso e 8% para a obesidade. No entanto, na população infantil entre os 6 e os 8 anos, esta prevalência aumenta, sendo de 35% para o excesso de peso e 14% para a obesidade, revelando assim a dimensão da problemática da obesidade infantil.

A obesidade é uma doença de causa multifatorial, no entanto as causas mais frequentes estão associadas ao sedentarismo e ao excesso de ingestão de calorias. Relativamente à alimentação, o consumo excessivo de calorias, principalmente provenientes de gorduras (trans e saturadas) e açúcares, constituem um dos principais problemas, associados à insuficiente ingestão de fruta, de hortícolas e de frutos secos e sementes.

Ao longo dos anos têm sido várias as medidas e intervenções realizadas, tanto mundialmente como nacionalmente, para o combate à obesidade. No entanto, a prevalência desta doença continua a aumentar, o que demonstra a necessidade de repensar estas mesmas intervenções. Nesse sentido, o European Obesity Day definiu como mote para este ano de 2016 “Actions for a Healthier Future”, onde são levantados alguns ideais que devem estar na base das intervenções dos decisores políticos, profissionais de saúde e dos próprios indivíduos com obesidade.

 

Decisores Políticos – Ideais que devem estar na base das intervenções políticas nacionais e europeias:

  • A Europa está a enfrentar uma crise de obesidade com proporções epidémicas, que ameaça colocar um enorme fardo sobre os Sistemas de Saúde – estima-se que os gastos anuais da obesidade na União Europeia são de 70 biliões de euros, associados aos gastos em saúde e diminuição da produtividade. Previsões sugerem que se os países europeus apostassem os seus recursos em intervenções contra a obesidade mais rentáveis, seria possível economizar até 60% dos gastos.
  • A resposta dos governos europeus ao acréscimo da prevalência da obesidade, não está a funcionar. Está na altura de apostar numa nova abordagem – Nenhum pais europeu conseguiu reverter a tendência de crescimento da prevalência da obesidade, desde o começo da epidemia.
  • A prevenção da obesidade deve ser uma prioridade, embora não possa ser bem sucedida se isolada – É igualmente importante disponibilizar tratamentos efetivos para os milhões de indivíduos obesos.
  • É necessário reconhecer a obesidade como uma doença crónica, à semelhança de outras doenças – Algo que já se verifica em Portugal, contrariamente a qualquer outro país europeu.
  • A obesidade é uma doença crónica que desencadeia muitas outras doenças, entre as quais doenças não transmissíveis – Onde se inclui a diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e certos tipos de cancro.
  • A obesidade deve ser reconhecida como uma doença crónica que necessita de tratamento, em vez de um estilo de vida – Uma vez que a obesidade é uma doença multifatorial é importante perceber que em muitos casos vai para além do controlo individual, e que é necessário investir mais recursos em investigação nesta área, e na sua prevenção e tratamento.
  • Não reconhecer a obesidade como uma doença contribui para aumentar o estigma, vergonha, stress e decréscimo do estado de saúde dos utentes.
  • Para o tratamento da obesidade é necessária uma equipa multidisciplinar – Dietistas/Nutricionistas, Psicólogos, Profissionais do Exercício Físico e Médicos Especialistas nas diferentes áreas associadas às comorbilidades da obesidade são fundamentais para um tratamento adequado.

 

Profissionais de Saúde – Ideais que devem estar na base das suas intervenções:

  • A obesidade é mais complexa do que questões corporais – Apesar dos profissionais de saúde terem os conhecimentos acerca da prevenção e tratamento da doença, o utente é quem tem a experiência de viver com a doença
  • A obesidade é uma doença, não um estilo de vida – Tratar a obesidade como sendo uma doença crónica poderá reduzir significativamente os gastos dos sistemas de saúde.
  • A obesidade é uma doença crónica que desencadeia muitas outras doenças, entre as quais doenças não transmissíveis, tais como a diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e certos tipos de cancro – O excesso de peso e obesidade são responsáveis por 80% dos casos de diabetes tipo 2, 35% dos casos de isquemia e 55% dos casos de hipertensão arterial.
  • A formação dos profissionais de saúde é importante para o tratamento da obesidade, no sentido de se trabalhar o preconceito, fornecer estratégias de mudança de comportamentos e capacitar os profissionais para o trabalho em equipas multidisciplinares – Alguns estudos relatam um menor respeito e desejo de ajudar os utentes com obesidade, por parte dos médicos.
  • Reduzir o estigma e a discriminação pode aumentar as taxas de sucesso do tratamento – É importante criar um ambiente de suporte aos utentes com obesidade nos serviços de saúde.
  • Intervenções políticas e mudanças ambientais não são suficientes para resultar numa perda de peso significativa, em utentes com obesidade de grau elevado – Para além da educação e consciencialização dos utentes, é importante promover cuidados de saúde adequados.
  • Há uma necessidade reconhecida de maior especialização médica na obesidade – Equipas multidisciplinares, compostas por Dietistas/Nutricionistas, Psicólogos, Profisionais do Exercício Físico e Médicos Especialistas, permitem a criação de programas de perda de peso mais eficazes.
  • Todos os profissionais de saúde devem manter-se atualizados quanto aos métodos mais recentes de prevenção e tratamento da obesidade.

 

Indivíduos com Excesso de Peso e Obesidade – Ideais que deve reter:

  • Existem tratamentos e apoios para indivíduos com excesso de peso e obesidade – Questione o seu médico quanto a tratamentos disponíveis para a gestão do peso, ou informe-se junto de associações ou grupos locais de apoio a indivíduos com excesso de peso e obesidade.
  • É importante compreender as questões relacionadas com o excesso de peso e a obesidade – Saiba que um estilo de vida saudável, que inclua uma dieta saudável e atividade física regular podem ajudar a manter um peso normal. No entanto, a obesidade não deixa de ser uma doença crónica, devendo ser tratada como tal, uma vez que está associada ao desenvolvimento de outras doenças, nomeadamente diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e certos tipos de cancro.
  • Oferecer apoio e compreender o individuo com obesidade é fundamental – sendo a obesidade uma doença crónica multifatorial, poderá estar associada a diversas causas, tais como questões genéticas, condições endócrinas ou fatores ambientais (tais como o stress, alimentação e sedentarismo). Aceitar e apoiar outros indivíduos com obesidade poderá incentivá-los a procurar a ajuda e tratamento de que necessitam. A partilha de histórias e experiências poderá ser uma boa forma de apoiar outros indivíduos afetados pela doença.

 

Apenas se todos os indivíduos e classes sociais tiverem estes ideais em mente é possível travar a luta contra a epidemia da obesidade. O Movimento 2020 promove uma alimentação saudável e equilibrada, sendo este um dos princípios importantes para auxiliar nesta luta.

secretario estado adjunto ministro saude

estesl

cnj

onmi

refood

adsfan

 barrigas amor

 travel flavours

apc

apnep

fadu

 cm vilapoucadeaguiar

cm alter do chao ipb caldasdarainha camaramunicipal logo changeit
fundacao portuguesa cardiologia empresas mais saudaveis    

gertal

nutricia

itau

iglo

palmeiro foods

inspira santa marta

 nestle health science  iogurte dia

jumbo

medtronic    

o peixe e fixe

eat like you mean it

portugal em forma

 nutrition hidration week